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domingo, 8 de agosto de 2010

70% das Mulheres agredidas Não Dependem dos maridos

domingo, 8 de agosto de 2010
70% das vítimas de violência não dependem dos maridos, diz matéria abaixo, que também traz o telefone das delegacias de mulher do Espírito Santo.
O dar "um safanão", um tapa, um tranco, tudo isso faz parte do cotidiano dos casais, independente da classe social. É uma vergonha e o site se deicou a dar esses dados a semana inteira:

Cerca de 70% das mulheres vítimas de violência doméstica no país não dependem financeiramente dos seus parceiros. O dado foi divulgado pela Secretaria de Políticas para as mulheres (SPM), com base nos atendimentos da Central de Atendimento à mulher (180), e mostra o perfil dessa violência de janeiro a junho deste ano.O percentual de atendimento aumentou 112%, em relação ao mesmo período do ano passado. Segundo as delegadas responsáveis pelas delegacias da mulher na Serra, em Vitória e em Vila Velha, o número de denúncias também tem aumentado no Estado, graças à maior proteção oferecida pela Lei Maria da Penha, e pela conscientização das mulheres.

Até meados deste ano, foram registrados 3.073 boletins de ocorrência nas delegacias de Vitória e Vila Velha, que geraram 1.084 inquéritos policiais.

“É difícil traçar um perfil das mulheres agredidas. Não há condição financeira, escolaridade ou cor que defina quem é ou não vítima. As mulheres independentes estão, denunciando mais, o que reflete nos registros de ocorrências”, diz Cláudia Dematté, delegada de Vitória.

Volume

Segundo a delegada de Vila Velha, Maria Aparecida Rasseli, a delegacia da mulher têm registrado cerca de 10 ocorrências por dia. “É um número muito alto, mas certamente bem menor do que o que acontece por aí. Muitas sentem o lado emocional pesar, ainda que não dependam do dinheiro do marido”, explica.

Para a delegada da Serra, Adriana Zottick e Zottick, os filhos são um dos fatores que mais pesam na hora da decisão de denunciar. “Muitas chegam a pedir retratação (ou seja, interromper o processo) depois que denunciam. Quando a dependência não é financeira, é pelos filhos que elas voltam atrás”, diz.

1 comentários:

Lua N.

Trabalhei em duas DEAMs (Delegacia de Atendimento à Mulher), poucas foram as vezes que atendi mulheres que se submetiam a situações de violência doméstica porque dependiam financeiramente do marido/companheiro. A maioria não dependia deles, tinham para onde ir ou eram as próprias donas das residências. Digo mais, quantas vezes atendi uma mulher na segunda, e na terça ou quarta ela voltava querendo cancelar o registro. A dependência não é financeira... é emocional... elas se permitem entrar numa teia tão funda de um relacionamento doentio, que depois não conseguem viver sem isso.

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